Por Mauricio Peixoto
O acidente nuclear na usina de Fukushima foi considerado nesta semana de nível 7, o máximo, comparando ao grande acidente de Chernobyl. Mas as autoridades japonesas afirmam que agora o crise já está em uma escala menor, e que esta classificação foi dada devido a situação vista no inicio da tragédia, logo depois do tsunami. Mas o caso não está de todo resolvido, a radiação lançada no meio ambiente continua a preocupar não só o governo local mas como também a outros países, como o Brasil, onde a Anvisa e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), elaboraram novas normas para importação de alimentos do Japão. Uma das regras é que para entrar no Brasil, os alimentos deverão contar com uma declaração da autoridade sanitária japonesa relatando que os níveis de elementos radioativos como o césio e o iodo-131 estão abaixo dos limites definidos pelo Codex Alimentarius (fórum internacional que define normas sobre alimentos). Além do documento, a Anvisa também vai solicitar novas medições - realizadas em solo nacional - para produtos com origem em 12 prefeituras japonesas.
Essas medidas tomadas pelo governo brasileiro não agradou ao chanceler japonês, que em visita oficial do ministro das relações exteriores brasileiro, Antônio Patriota, ao Japão, pediu que o Brasil limite as medidas de controle sobre as importações de alimentos japoneses. O ministro japonês das Relações Exteriores, Takeaki Matsumoto, afirmou que seu país não exporta nenhum produto comestível contaminado pela radiação proveniente de Fukushima, acidentada depois do terremoto em 11 de março.
Patriota, que realiza uma visita oficial ao Japão, afirmou que o Brasil considerará a possibilidade de mudar ou abandonar essas medidas excepcionais.
O Brasil é um grande consumidor de produtos japoneses devido à imigração japonesa de há mais de cem anos. Atualmente a comunidade japonesa no Brasil conta com um milhão e meio de pessoas, e é a maior do mundo fora do Japão.
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